13 de junho de 2012

PIB Goiano cresce 6,6%. Agronegócio se destaca: 9.7%. Qual o impacto em Rio Verde e região ?


Apesar dos dados divulgados sobre o PIB (Produto Interno Bruto) Brasileiro ter crescido os modestos 0,8% durante este último 1º trimestre de 2012, o Estado de Goiás se sobressaiu.
O PIB Goiano do primeiro trimestre de 2012 teve um crescimento de 6,6% comparado a atividade ao ano anterior. A Produção Goiana do período foi de R$ 25,2 bilhões.

Esse número expressivo foi impulsionado principalmente pelo impressionante crescimento de 9,7% do PIB Agropecuário Goiano. E nós aqui em Rio Verde e região, somos responsáveis por isso. Grande parte de nossa economia local é composta por empresas desse setor econômico.


Destaques do PIB do Agronegócio
Enquanto o PIB do Agronegócio Brasileiro amargou uma queda de  -8,5% por conta do período de seca no Sul e no Nordeste, o Agronegócio Goiano foi bastante positivo, beneficiado pelos seguintes pontos:
• Houve um Incremento de 9,5% nas lavouras temporárias.  
• Aumento de produtividade nos principais produtos;
• A Expectativa de crescimento da safra 2012 de soja é de 7%, a milho deve crescer 34% e o feijão aproximadamente 20%.  Cana de açúcar e sorgo deverão ter retração de 
-2,2% e -16% respectivamente
• O crescimento da pecuária foi de 3,8%
• No comércio exterior, a atividade vem conquistando novos mercados. Para se ter uma idéia, de toda exportação goiana, 74% é proveniente do agronegócio.

Desde 2007 o PIB do Agronegócio Goiano tem tido um crescimento médio de 8,9% ao ano. Já o Estado de Goiás tem um crescimento médio de 5,8%.

Para o futuro, podemos esperar um cenário positivo para o agronegócio pois há sinais de aumento da demanda no mercado interno e externo, especialmente de soja e seus subprodutos.


PIB da Indústria
A Indústria Goiana também não ficou atrás. Cresceu 9,8% no 1º trimestre de 2012 enquanto que a Indústria Brasileira ficou praticamente estável, com um crescimento de 0,1%.

Aqui o destaque fica para a o setor industrial químico e farmaceutico, cimento e indústria alimentícia. A diversificação da indústria goiana colaborou com o bom número pois não foi impactada por quedas em alguns setores específicos.
Para o futuro, devemos manter esse bom número pois o destino dos produtos goianos é direcionado ao mercado interno.


Serviços
O setor de serviços goiano cresceu menos que a Agropecuária e a Indústria, mas também os resultados foram bastante satisfatórios. Enquanto o Brasil cresceu 1,6% neste setor, o PIB Goiano desse setor econômico foi de 4,5%. 

Principais destaques: 

• Segmento de Livros, jornais,revistas e papelaria (35,1%)
• Hipermercados e supermercados (10,5%)
• Segundo a Segplan/Sepin GO na Pesquisa Mensal do Comércio, o crescimento do 1º trimestre de 2012 foi de 8,1%.


Conclusões e impactos em Rio Verde e Região
Os números que citei acima foram produzidos e divulgados hoje (13/06/12)  pela Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan) na sede do CORECON-GO, refletem a conjuntura econômica goiana no curto prazo e antecede o cálculo do PIB anual.

Sob o ponto de vista de Rio Verde e região, a expectativa é que a atividade econômica cresça. Se tomarmos por base os setores agropecuário e indústrial, que compõe aproximadamente 50% do PIB de Rio Verde, esse crescimento foi muito bem vindo e evidenciou a capacidade das empresas rioverdenses em contribuir com os números goianos. A produtividade agrícola como destaque é um reflexo da vocação de tecnologia de agronegócio do nosso município.


Para manter esse número positivo, agora temos que fazer nossa parte. Melhorar a qualificação da nossa mão de obra disponível e aumentar os investimentos em infra estrutura. Temos ainda uma rede de saneamento básico deficiente e uma necessidade de geração de energia elétrica que pode ser um gargalo para nosso crescimento.



Temos tudo para continuar bem, basta fazer a lição de casa.
Vou dando meus pulos por aqui.... E você ?!!!


Mauricio Faganelo
Economista - 2439/D
Delegado do CORECON-GO para a cidade de Rio Verde

8 de junho de 2012

Ensino, pesquisa e...business? por Prof. Adriano Paranaíba


Artigo do Prof. Adriano Paranaíba que fiz questão de publicar em meu blog.....
Faço das palavras do meu amigo Prof. Paranaíba as minhas... Concordo plenamente com sua visão. Vale a pena a leitura.

Quando nos deparamos com um artigo que tem como título ensino, pesquisa e extensão já começamos a imaginar que se trata de um texto sobre a discussão da importância do ensino. A combinação destas três palavras aciona em nosso cérebro a construção da figura de um pedagogo versando sobre os desafios da educação brasileira. E quando escutamos a palavra business? Não sei você, mas quando escuto essa palavra só me lembro do Roberto Justus comandando o programa O Aprendiz, ou do Eike Batista (até a fisionomia dos dois ajuda). E, realmente, existe no censo comum uma dicotomia destes conceitos, e até uma disputa para saber quem é mais importante: prática ou teoria, como se fossem metades de laranjas diferentes.
 
Para mim, que sou economista, enxergo os pedagogos como os fiéis depositários da responsabilidade de transmitir e vivificar a chama do zelo pelo aprendizado do aluno, que, por lei, cabe a todos docentes. De fato, são verdadeiros guerreiros: encaram o 'front' desta guerra como soldados impulsionados pelo espírito freiriano de quebrar os grilhões da ignorância, inspirados nos ideais de solidariedade humana e inflamados pelos princípios de liberdade. A finalidade é clara na Lei de Diretrizes e Bases da Educação: alcançar o pleno desenvolvimento do educando, preparando-o para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Não quero criticar as correntes ideológicas que são utilizadas para lutar à favor do alcance do exercício da cidadania, mas faço críticas aos que  lutam apenas por lutar, esperando que cordeiros se tornem leões. Mas se assim estão, não é por culpa dos pedagogos, mas nossa, que os tratamos como soldados feridos que foram esquecidos, deixados para traz – abandonados à própria sorte.
 
Digo isso porque, tanto quando me graduei, como quando concluí meu mestrado, a pergunta que me faziam, e várias pessoas nesta situação escutam também, é: “E ai? Você vai para a academia (docência) ou vai para o mercado de trabalho?” E por que desta concepção? Temos em nossa mente o referencial de que é na prática que vem o sucesso profissional, e cada dia mais vemos palestras de empresários bem sucedidos que apontam sua receita de sucesso profissional desassociado do desempenho acadêmico. O consenso das receitas destes grandes nomes do business coloca o estudo como acessório, onde muitos abandonaram a faculdade para alcançar o sucesso: Bill Gates, fundador da Microsoft, e Mark Zuckeberg, fundador do Facebook, abandonaram Harvard; Steve Jobs, fundador da Apple, abandonou Reed College, em Portland. No Brasil, a coisa é banalizada: de Lula a Tiririca o ensinamento é: estudar pra quê?
 
Como resposta temos, atualmente, no Brasil o chamado apagão de mão de obra qualificada. Atualmente as empresas cobram cada vez mais dos funcionários visão crítica e capacidade de identificar e analisar problemas e de propor soluções, aumentando a competitividade das empresas, e que são características que aumentam também a competitividade do profissional que seja portador destas qualidades. Somente o ensino pode cravar isso nas pessoas. Na verdade, apenas a instituição que não dicotomizou a pesquisa e a extensão do ensino é capaz de tornar-se uma verdadeira 'usina em que se forja profissionais muito mais preparados'.
 
Convergindo à nossa realidade local, semana passada pude participar da Jornada Científica da Faculdade Araguaia, onde consegui ver a fagulha deste ideal acesa. Estudantes da graduação percebendo que escrever artigos científicos, participando de mesas de discussão de temáticas específicas da profissão que buscam graduar-se, tem um significado muito maior que colocar seus nomes nos cadernos e revistas científicas ou acumular horas complementares: é poder exercer a aplicabilidade de todo o conhecimento adquirido para o mercado de trabalho! Os alunos perceberam que fazer Pós Graduação e Extensões é garantir que participem como membros ativos do processo de inovação, seja radical ou incremental, dos modos de produção, processos e formas de organização. Se falamos muito do poder transformador da educação, que imputando o pensamento reflexivo é capaz de desenvolver o entendimento do meio em que vivemos para pensar e repensá-lo, por que não acreditar na capacidade de transformar as empresas? Acredito que mesmo abandonado a universidade, Gates e Zuckeberg se aconselham e empregam executivos, diretores e vice-presidentes PhDs em Harvard.

Adriano Paranaiba é economista, professor e coordenador de cursos de pós-graduação na Faculdade Araguaia.
http://www.paranaiba.ecn.br/ 
adr.paranaiba@gmail.com 

7 de junho de 2012

Assembléia Legislativa de Goiás aprova criação Instituto de Pesquisas Socioeconômicas


Foi aprovado ontem (06/06), o projeto de lei da Assembléia Legislativa do Estado de Goiás que cria o Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos – IMB.

O IMB terá como objetivos realizar pesquisas e estudos, elaborar projetos, acompanhar a evolução da economia goiana, fornecendo apoio técnico nas áreas econômica e social para a formulação das políticas estaduais de desenvolvimento. Com sede em Goiânia, o Instituto vai ainda disponibilizar as informações para toda a sociedade e contribuir para o planejamento no Estado.

Numa homenagem ao primeiro governador a implantar o planejamento no Estado, no período entre 1961 e 1964, o IMB  está vinculado a SEGPLAN (Secretaria de Gestão e Planejamento) e ao Sistema SIEG (Sistema Estadual de Estatística e de Informações Geográficas de Goiás), composto por órgãos e entidades da administração pública estadual direta e indireta, e gerenciado pela SEPIN - Superintendência de Estatísticas, Pesquisa e Informações Socioecônomicas. Serão criadas 20 vagas para pesquisadores, todos via concurso público.

Agora  você leitor me pergunta, O que isso irá melhorar no meu dia a dia e da minha cidade ?

Hoje os dados disponibilizados pelo Governo do Estado através da SEGPLAN / SEPIN não tem o objetivo de fazer análises, mas somente disponibilizar informações  que são utilizadas por gestores públicos, professores, pesquisadores, economistas e cientistas sociais para seus estudos e proposições de melhorias ao nosso Estado e suas respectivas regiões.

Com o IMB, o estado de Goiás terá finalmente um centro de excelência na produção de estudos, pesquisas, análises e estatísticas socieconômicas, demográficas e físico-territoriais.

Como professor, fico extremamente contente com a a possibilidade de poder contar com uma equipe que irá produzir conhecimento e que poderei repassar esse conhecimento aos novos cidadãos, e que possam ter consciência crítica e melhorar cada vez mais nossa sociedade.

Como empresário, fico mais contente ainda, pois com as informações produzidas pelo IMB poderemos direcionar melhor as estratégias de nossas  empresas, aproveitar com mais eficiências as oportunidades que o mercado proporciona e consequentemente obter resultados mais positivos.

Como cidadão, tenho a certeza que os gestores públicos de nosso estado e município poderão contar com informação de qualidade para propor melhorias a nossa cidade e Estado.  Mas não basta somente ter a informação disponibilizada. É nosso papel cobrar do poder público que os projetos e análises elaborados pelo IMB sejam convertidos em ações que irão beneficiar nossa sociedade.

Vou dar meus pulos para que isso aconteça ? 
E você ?