6 de novembro de 2012

Entrevista do Prof. Mauricio Faganelo sobre Marketing Rural - Tribuna Agronegócio


Do Jornal Tribuna Agronegócio - Goiás - 04/11/2012
Por: Gabriela Guimarães
O economista e professor universitário Mauricio Faganelo dedica parte dos seus estudos e atuação ao tema marketing do agronegócio. Ele aponta as principais etapas para o planejamento e gestão das propriedades rurais e frisa que, sem organização, o produtor rural se torna incapaz de crescer
Tribuna Agronegócio – Como surgiu seu interesse pelo marketing do agronegócio?
Mauricio Faganelo – Minha primeira experiência com agronegócio foi com o camarão cultivado. Na oportunidade, tive uma ideia melhor de como funcionava a cadeia produtiva de comercialização dos produtos agrícolas. Não é algo simples. Em termos de marketing no produto agrícola, dependendo do tipo de produto, há algumas dificuldades por não termos canais específicos para distribuição. O produtor de leite hoje, por exemplo, fica na mão da cooperativa, tendo em vista que não compensa mandar para outra que pague mais e seja distante, já que o frete fica inviável. Quando há muitos pequenos produtores, eles ficam nas mãos dos grandes compradores.

O que diferencia o marketing do agronegócio em relação ao que está voltado para outros setores?
Quando comecei a mexer com o agronegócio percebi que não era muito diferente de outras indústrias. Agronegócio é o primeiro produto que foi vendido na história, quando as pessoas saíam de Portugal para a Índia para comercializar mercadorias agrícolas, as especiarias. A essência do comércio é o agronegócio; somente depois que o mundo passou a industrializar. Um erro é que pensamos o agronegócio voltado apenas para o mercado de consumo alimentício, mas existem outras aplicações de produtos agrícolas que são para atividades industriais. Exemplo é a mandioca, pois grande parte da produção desta cultura é para fazer o amido, que vai originar a cola.

O que é considerado marketing do agronegócio?
O primeiro ponto a se considerar é que marketing não é propaganda. A propaganda é um dos compostos do marketing. Devemos focar no preço e, principalmente, montar o produto, estabelecer o canal de distribuição e, por último, fazer a propaganda. O marketing rural segue a mesma linha. Existe pouca literatura voltada para o assunto. O termo marketing rural é antigo e fraco. Principalmente em uma região como Rio Verde. Por isso, adotamos o termo marketing do agronegócio, que é mais ampliado e envolve tudo que é preciso estabelecer para colocar o produto no mercado.

Quais são as linhas de análise do processo de marketing?
A primeira são os produtos, em que a composição dos preços de venda é baseada no mercado internacional. Exemplos da soja, milho, trigo e todas as commodities, que são estabelecidas baseando-se em bolsa. Já que o preço do produto tem como referencial o mercado internacional, o produtor precisa se preocupar cada vez mais em olhar os custos que devem ser mais baixos, assim como a distribuição. Ele precisa produzir com nível de qualidade internacional, mas com custos competitivos. Não é possível se ter um produto de alta qualidade a custo muito baixo; isso é lenda. Quem quer produzir algo melhor tem que investir numa estrutura para oferecer ao mercado um produto melhor. Com isso, o foco do produtor deve ser o custo; o mercado é que comanda o preço de venda.

Hoje se tem a máxima de que “da porteira para dentro, o produtor é bom”... 
Mas nem todo produtor é tão bom assim. Alguns precisam deixar o modelo antigo de fazer gestão de negócio baseado no papel do pão, anotando em caderninho. Deve haver uma gestão informatizada e bem administrada da propriedade rural. A agricultura hoje é de precisão, então ele não pode se ver mais como produtor familiar. Ele é uma empresa, tem que encarar o negócio como uma indústria. Isso já serve para o pequeno que está se transformando em médio. É preciso organizar para crescer.

De que forma o marketing auxilia essa organização?
Pela gestão controle e modelo de gestão. Esse modelo de gestão já é aplicado em muitas universidades. Afirmo pelo fato de ser professor do IF Goiano. Dou aulas de gestão de negócio para os alunos de agronomia e zootecnia, e sempre explico como montar esse plano de negócio. Hoje os alunos saem da universidade com o conceito de que eles precisam fazer negócio e ganhar dinheiro. Aquela visão do romântico não existe mais. A visão que se tem hoje é do homem que faz negócios; o produtor rural é dono de uma indústria. O marketing rural, por ser uma indústria, tem que usar esses modelos de negócio de indústria. Formas que têm mais de 50 anos de história. Os primeiros modelos de gestão que o governo federal incentiva foram implantados pela Toyota nos anos 50, no Japão, e os americanos copiaram na década de 80. De 10 anos para cá, a partir do boom do mercado interno brasileiro, passamos a ter que implantar isso também por aqui. Sem uma boa gestão interna, o produtor não vai alcançar uma competitividade em nível internacional. Não adianta falar que produz muito, se não produzir direito. Hoje o produtor está muito preocupado em melhorar a quantidade, porque isso lhe dá resultado. Já estamos atingindo níveis de produtividade muito bons, mas agora o diferencial para o produtor, o marketing, que é o fazer negócio, não vai ser mais focado apenas na quantidade oferecida ao mercado. O destaque é para quem faz o produto com qualidade.

E quando o assunto é a agroindústria?
Aí chegamos à segunda cadeia, que vai usar o insumo da primeira de grãos e nessa etapa incluímos granjeiros, indústrias processadoras de soja, transformando o grão em óleo e farelo. A Comigo está investindo milhões em uma estrutura nesse sentido e, na década de 80, foi ela quem montou a primeira fábrica de farelo de soja. Na nossa região estamos em um ponto que nós não somos mais somente produtores de grãos de commodities. Agora o produtor tem que utilizar ferramentas de gestão para melhorar o seu processo. O Sindicato Rural e a Faeg têm feito trabalhos fantásticos. O Alexandre Câmara, do Sindicato, é um exemplo na capacitação de pessoas, indo nas universidades e conversando com o público. Esses trabalhos têm feito com que o Sindicato Rural de Rio Verde virasse referência dentre os demais sindicatos do País. Estamos no lugar certo, mas o que precisa agora é que o produtor, os empresários do setor do agronegócio, se conscientizem que não cabe mais uma estrutura de administração simplesmente familiar. Aquele simplismo, para crescer, não adianta mais. Ele precisa se adaptar a um novo modelo. Exemplo é a falsa ideia de que produtor rural não acessa a internet. Mentira, se ele não olha, pede para o filho olhar e já leva o filho para se envolver com o negócio. Não é mudar toda estrutura de uma só vez, mas o bastão tem de ser passado aos poucos. O produtor que já faz negócio há muito tempo tem que entender que é preciso trazer novos modelos de gestão, e isso fecha o ciclo da porteira para dentro.

E da porteira para fora?
Aí um dos principais pontos não é só o marketing, é a comercialização. É saber de que forma fazer com que o produto que sai da propriedade chegue até o cliente, ao consumidor final, quais são os caminhos. Um dos maiores exemplos que temos no mundo é da produção da agroindústria de café da Colômbia. O Brasil era até então o melhor produtor de café do mundo, desde 1808. Mas, apesar de grande produtor, o País não tinha conseguido colocar o selo de qualidade, que é o que garante para o cliente que ele está comprando um produto bom, que o processo é certificado. Por exemplo, existem somente duas indústrias na cidade que são certificadas pelo Ministério da Agricultura para poder exportar carne de suínos e aves; só elas têm o selo Sif [Serviço de Inspeção Federal] por estabelecerem modelos de gestão de produção. A BRF está tão atenta ao mercado que tem estruturas para atender os clientes do Oriente Médio, com a granja e o abate voltados para Meca. Tudo isso é marketing; ela está vendo o mercado consumidor, se adequou e detectou quem estava comprando determinado produto, vendo que existia demanda e era viável financeiramente.

Como o sr. avalia o marketing do agronegócio no País e na região Sudoeste?
Estamos na mesma linha do que tem sido feito nas práticas atuais de mercado. O que podemos fazer é criar um grupo, uma organização de pessoas voltadas para entender os processos de comercialização para realmente virarmos referência. Viramos referência em quantidade, com maior PIB do País e vários outros pontos; mas, e aí? A qualidade é tão boa? A quantidade nós já conseguimos, a eficácia também; mas e a eficiência? Estamos muito bem em volume, porém não podemos nos sentir confortáveis. Quem busca excelência não pode ficar acomodado; não podemos nos dar por satisfeitos.

De que forma o marketing rural auxilia na tomada de decisão e no planejamento?
Se falássemos em planejamento em longo prazo há 15 anos, as pessoas criticariam, dizendo que não existe planejamento para nem cinco anos no Brasil. Mas vejo que tem que se ter um modelo em que a iniciativa privada e instituições governamentais, assim como produtores rurais, saibam o seu papel de cada um no processo. Não adianta apenas o dinheiro voltado para o setor; é preciso um plano de ação montado para saber onde estamos e como chegar aonde queremos, estabelecendo roteiros. Para fazer planejamento tem que ser passo a passo e envolver todos os pontos da cadeia. Não é importante só para o setor agrícola. Em Rio Verde, se o agronegócio tem uma queda, todo mundo perde, o comércio fica fraco. A dependência do comércio é muito forte e temos que entender todo esse processo para que a cidade cresça de forma sustentável, não só o município como também a região. Temos que gerenciar riscos, sendo uma ferramenta para evitar problemas ao longo do caminho.

Na sua avaliação, o marketing rural ainda tem algum desafio?
Acho que o grande desafio é quando conseguirmos colocar um selo de qualidade de boas práticas em todos os setores do agronegócio, como o Iso 9000. Criar um selo de qualidade goiano, com a competição de melhor área em termos de produtividade, mostrando quem conseguiu crescer. Temos que identificar como a propriedade é governada e como age nas situações de mercado. Com isso, o grande desafio é conseguir certificar os bons produtores, os bons granjeiros de suínos, aves; haver prêmios para os que estão se destacando. Algo unificado para padronizar e fazer com que todos sigam esse caminho. O que me preocupa muito no marketing é o desafio logístico. Uma das questões do marketing é o ponto de venda. Hoje, o custo de logística representa 12% do PIB brasileiro. Nosso custo logístico é muito alto; temos que nos preparar, fazer a lição de casa para quando a Ferrovia Norte-Sul chegar. Quando ela estiver na nossa porta, quem estiver na frente em termos de qualidade vai ter caminho certo para ter produto no exterior, vai estar à frente na fila. É o que chamamos em marketing de “diferencial competitivo”, o que faz do seu produto melhor que o do vizinho. Não podemos nos esquecer da imensidão de produtores de hortaliças. O tomate, por exemplo, é uma indústria muito forte em Goiás, sendo que as maiores produtoras e indústrias do mundo estão no nosso Estado. Somos também destaque como maior produtor de melancia do Brasil; então, esses pequenos produtores precisam ser incentivados a participar das práticas. O marketing do agronegócio tem que seguir regras para o negócio crescer.


13 de outubro de 2012

30 de julho de 2012

As Ondas de Desenvolvimento Econômico de Rio Verde - Goiás


O desenvolvimento econômico de Rio Verde é um fato claro e óbvio para todos em nossa região. Mas para saber o que queremos para o futuro de nossa cidade em relação ao desenvolvimento econômico e social, é obrigação lembrar como chegamos até aqui e porque nossa cidade é a número um no agronegócio brasileiro.

Nos anos 20 do século passado, a região do Sul Goiano experimentou um florescimento mercantil que permitiu o desenvolvimento das cidades para um modelo mais urbano e comercial, calçado principalmente pelas políticas de expansão agrícola.

A soja “entrou” em nosso Estado, exatamente aqui no Sudoeste Goiano na década de 50, pois nossa região já apresentava um maior dinamismo e em relação a outros locais. O Governo Federal então resolveu, através do POLOCENTRO beneficiar esta realidade e dar maior apoio aos produtores de nossa região.

Até a década de 60, as principais atividades econômicas do nosso município eram ligadas a criação de gado e a produção de arroz. Rapidamente Rio Verde se consolidou como cidade-polo produtora de soja do Sudoeste Goiano. Este dinamismo fomentou a iniciativa de alguns produtores em melhorar ainda mais seu processo produtivo e reduzir custos operacionais, dando início ao que podemos chamar de Primeira Onda do Desenvolvimento Econômico de Rio Verde, através da fundação da Cooperativa Mista dos Produtores Rurais do Sudoete Goiano – COMIGO.

A COMIGO, fundada em 1975 por cerca de 50 produtores da nossa cidade, desempenhou, e desempenha até hoje, um papel crucial para o estabelecimento de um setor produtivo que envolve toda produção e processamento de grãos em escala industrial. Inicialmente o problema principal da COMIGO era enfrentar os contratempos relacionados ao armazenamento e comercialização do arroz e do milho – principais produtos da nossa região – mas o “boom” da soja apartir de 1970, transformou também o foco desta cooperativa. Com uma estratégia que se baseou na verticalização da produção e na agregação de valor aos produtos agropecuários, obedecendo sempre a lógica da diversificação da base produtiva de seus associados, a COMIGO hoje é considerada uma das principais empresas agropecuárias do país.

O processo de estabelecimento da cooperativa no entanto foi lento e trabalhoso. Em 1977, já eram mais de 170 cooperados. Nesse ano também foi construído o primeiro armazém de grãos em Rio Verde. Entrepostos foram abertos nas cidades vizinhas e a cooperativa impulsionava o crescimento de Rio Verde, apesar da desconfiança de muitos produtores em relação ao ”novo grão”. Sabendo se aproveitar de subsídios governamentais a COMIGO se tornou o maior agente de disseminação do cultivo de soja nos anos 70 e 80 no Estado de Goiás. A liderança de seus associados fundadores foi fundamental para estabelecer uma cultura empreendedora, convencendo e educando os agricultores acostumados com produtos tradicionais e também junto aos agricultores que vinham de outras regiões do Brasil para se estabelecer aqui, miscigenando e transformando a cultura de uma Rio Verde nova e com grandes perspectivas.

Em 1980 e Rio Verde tinha aproximadamente 75.000 habitantes. Pouco mais de 25% em áreas rurals. Para se ter uma idéia, hoje a nossa população rural é de apenas 7,3%.

A COMIGO continuava a crescer e expandir suas atividades, e outras empresas também passaram a se estabelecer por aqui nos anos 80, como a Kowalski, em 1986.
Assim claramente podemos afirmar que o primeiro Salto ou Onda de Desenvolvimento em Rio Verde, foi proporcionado pela capacidade de nossos produtores agrícolas em se articular para obter melhores ganhos em processos e produtividade – bases para a criação da COMIGO.

Para se ter uma idéia hoje o que representa essa inicativa, em 2012, segundo o RANKING EXAME, da Editora Abril, dentre 400 empresas analisadas do agronegócio, a COMIGO é 55ª empresa brasileira em vendas, 45ª que mais cresce e 38ª em lucro líquido.
A Segunda Onda de Desenvolvimento Econômico veio justamente pela capacidade de associativismo e integração que é o DNA de nossa economia. Através da grande capacidade de fornecer insumos à cadeia produtiva de aves e suínos, combinado com uma série de incentivos fiscais, a Perdigão decidiu instalar seu Complexo Agroindustrial em nossa cidade.

No ano 2000, Rio Verde tinha pouco menos de 117.000 habitantes segundo o IBGE e uma indústria com base no agronegócio só viria a fortalecer uma economia que já dava sinais expansão em outros setores, como a Construção Civil e a Metalurgia.

No fim de 2003, o recém inaugurado o Complexo Agroindustrial de Rio Verde produzia 260 mil toneladas de carnes e empregava mais de 3700 funcionários diretos. Toda uma cadeia de granjeiros para fornecer suínos e aves foi estabelecida e uma série de indústrias como Grupo Orsa e Videplast fizeram parte desta grande mobilização empresarial em nossa cidade.

Mas não foi só na indústria que Rio Verde respondeu. As Escolas do Sistema S, a Fesurv (Universidade de Rio Verde) e o Instituto Federal Goiano (antigo CEFET) buscaram atuar na formação de mão de obra qualificada, envolvendo uma série de competências profissionais bastante variadas. De operários a gerentes, de proprietários a administradores de granjas, muita gente se capacitou para atender a nova demanda de mercado.

Mais pessoas decidiram se estabelecer por aqui e o Brasil em 2007 consumia como nunca. A nova classe média emergiu com uma força surpreendente e boa parte do que alimentava a mesa dos brasileiros, chineses, rússos e europeus vinha do trabalho de rioverdenses.
Em 2007, nossa população cresceu quase 30% em relação a 2000 e Rio Verde chegava a 150.000 habitantes. O principal é que mais de 58% era composta por pessoas acima dos 30 anos. Um forte mercado consumidor e principalmente que decide o gasto familiar. Para se ter idéia, em 1980, a população acima dos 30 anos era de pouco mais de 30% do total.

Essa Segunda Onda de Desenvolvimento teve impactos fortes em nossa economia. O creccimento anualizado do PIB rioverdense foi de 17% ao ano entre os anos de 1999 e 2008. Jataí em Mineiros também se desenvolveram, mas na casa de 14% ao ano.

Até que em 2009, Rio Verde se consolidou como a capital brasileira do agronegócio. Os dados de 2010 e 2011 oficiais ainda não sairam, mas é fato que a geração de riqueza de nossa região aumentou ainda mais nesses anos. Muito provavelmente seremos a nº 1 no agronegócio de 2010 e 2011.

O crescimento econômico do agronegócio gerou renda em outros setores da economia, e Rio Verde é a cidade onde mais de vende veículos utilitários no Brasil. O setor da construção civil caminha forte e o curso superior de Engenharia Civil do IF Goiano irá ter início em 2013 fornecendo mão de obra qualificada a um setor de nossa economia que demanda cada vez mais gente com conhecimento e preparada para construir uma nova sociedade. O número de abertura de empresas quadruplicou entre 2009 e 2011.

Agora estamos prestes a ver uma nova mobilização em nossa cidade. O Polo Industrial Ferroviário irá elevar Rio Verde para um novo patamar. Será, o que penso a Terceira Onda de Desenvolvimento Econômico que vivenciaremos. A Ferrovia Norte-Sul irá conectar nossa região aos principais polos de escoamento portuário do nosso pais. Alguns produtores falam numa economia de R$ 3,00 / saca de soja somente com a redução no valor do frete.

Historicamente, todas as cidades brasileiras que passaram a se conectar com a rede ferroviária se desenvolveram. Durante o final do século XIX e século XX, o Estado de São Paulo se desenvolveu muito por conta destas facilidades logísticas. Com uma plataforma moderna e com uma base agrícola e industrial desenvolvida poderemos alcançar um patamar de desenvolvimento ainda maior.

Empresas de Fertilizantes, Metalurgia Pesada, Montagem de Motores e uma gama enorme de empresas de serviços e varejo, já se habilitaram e querem participar desta nova fase de desenvolvimento. Hoje somos por volta de 200 mil habitantes, e creio que em 2020 estaremos com uma população de 250 mil habitantes.

A lição de casa que nos resta é escolher bem um modelo de desenvolvimento que favoreça a formação de mão de obra qualificada de alto nível, em padrões mais altos dos que vivenciamos hoje, atuarmos fortemente junto as distorções sociais provenientes de um crescimento populacional desordenado e garantir as próximas gerações um futuro cada vez mais brilhante.

Os últimos 164 anos foram intensos. Que venham muitos mais, e cada vez melhores.

Vou dando meus pulos por aqui. E você ?

Mauricio Faganelo
Economista, Delegado do Conselho Regional de Economia de Goiás (CORECON) em Rio Verde CORECON. É professor universitário e empresário.

13 de junho de 2012

PIB Goiano cresce 6,6%. Agronegócio se destaca: 9.7%. Qual o impacto em Rio Verde e região ?


Apesar dos dados divulgados sobre o PIB (Produto Interno Bruto) Brasileiro ter crescido os modestos 0,8% durante este último 1º trimestre de 2012, o Estado de Goiás se sobressaiu.
O PIB Goiano do primeiro trimestre de 2012 teve um crescimento de 6,6% comparado a atividade ao ano anterior. A Produção Goiana do período foi de R$ 25,2 bilhões.

Esse número expressivo foi impulsionado principalmente pelo impressionante crescimento de 9,7% do PIB Agropecuário Goiano. E nós aqui em Rio Verde e região, somos responsáveis por isso. Grande parte de nossa economia local é composta por empresas desse setor econômico.


Destaques do PIB do Agronegócio
Enquanto o PIB do Agronegócio Brasileiro amargou uma queda de  -8,5% por conta do período de seca no Sul e no Nordeste, o Agronegócio Goiano foi bastante positivo, beneficiado pelos seguintes pontos:
• Houve um Incremento de 9,5% nas lavouras temporárias.  
• Aumento de produtividade nos principais produtos;
• A Expectativa de crescimento da safra 2012 de soja é de 7%, a milho deve crescer 34% e o feijão aproximadamente 20%.  Cana de açúcar e sorgo deverão ter retração de 
-2,2% e -16% respectivamente
• O crescimento da pecuária foi de 3,8%
• No comércio exterior, a atividade vem conquistando novos mercados. Para se ter uma idéia, de toda exportação goiana, 74% é proveniente do agronegócio.

Desde 2007 o PIB do Agronegócio Goiano tem tido um crescimento médio de 8,9% ao ano. Já o Estado de Goiás tem um crescimento médio de 5,8%.

Para o futuro, podemos esperar um cenário positivo para o agronegócio pois há sinais de aumento da demanda no mercado interno e externo, especialmente de soja e seus subprodutos.


PIB da Indústria
A Indústria Goiana também não ficou atrás. Cresceu 9,8% no 1º trimestre de 2012 enquanto que a Indústria Brasileira ficou praticamente estável, com um crescimento de 0,1%.

Aqui o destaque fica para a o setor industrial químico e farmaceutico, cimento e indústria alimentícia. A diversificação da indústria goiana colaborou com o bom número pois não foi impactada por quedas em alguns setores específicos.
Para o futuro, devemos manter esse bom número pois o destino dos produtos goianos é direcionado ao mercado interno.


Serviços
O setor de serviços goiano cresceu menos que a Agropecuária e a Indústria, mas também os resultados foram bastante satisfatórios. Enquanto o Brasil cresceu 1,6% neste setor, o PIB Goiano desse setor econômico foi de 4,5%. 

Principais destaques: 

• Segmento de Livros, jornais,revistas e papelaria (35,1%)
• Hipermercados e supermercados (10,5%)
• Segundo a Segplan/Sepin GO na Pesquisa Mensal do Comércio, o crescimento do 1º trimestre de 2012 foi de 8,1%.


Conclusões e impactos em Rio Verde e Região
Os números que citei acima foram produzidos e divulgados hoje (13/06/12)  pela Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan) na sede do CORECON-GO, refletem a conjuntura econômica goiana no curto prazo e antecede o cálculo do PIB anual.

Sob o ponto de vista de Rio Verde e região, a expectativa é que a atividade econômica cresça. Se tomarmos por base os setores agropecuário e indústrial, que compõe aproximadamente 50% do PIB de Rio Verde, esse crescimento foi muito bem vindo e evidenciou a capacidade das empresas rioverdenses em contribuir com os números goianos. A produtividade agrícola como destaque é um reflexo da vocação de tecnologia de agronegócio do nosso município.


Para manter esse número positivo, agora temos que fazer nossa parte. Melhorar a qualificação da nossa mão de obra disponível e aumentar os investimentos em infra estrutura. Temos ainda uma rede de saneamento básico deficiente e uma necessidade de geração de energia elétrica que pode ser um gargalo para nosso crescimento.



Temos tudo para continuar bem, basta fazer a lição de casa.
Vou dando meus pulos por aqui.... E você ?!!!


Mauricio Faganelo
Economista - 2439/D
Delegado do CORECON-GO para a cidade de Rio Verde

8 de junho de 2012

Ensino, pesquisa e...business? por Prof. Adriano Paranaíba


Artigo do Prof. Adriano Paranaíba que fiz questão de publicar em meu blog.....
Faço das palavras do meu amigo Prof. Paranaíba as minhas... Concordo plenamente com sua visão. Vale a pena a leitura.

Quando nos deparamos com um artigo que tem como título ensino, pesquisa e extensão já começamos a imaginar que se trata de um texto sobre a discussão da importância do ensino. A combinação destas três palavras aciona em nosso cérebro a construção da figura de um pedagogo versando sobre os desafios da educação brasileira. E quando escutamos a palavra business? Não sei você, mas quando escuto essa palavra só me lembro do Roberto Justus comandando o programa O Aprendiz, ou do Eike Batista (até a fisionomia dos dois ajuda). E, realmente, existe no censo comum uma dicotomia destes conceitos, e até uma disputa para saber quem é mais importante: prática ou teoria, como se fossem metades de laranjas diferentes.
 
Para mim, que sou economista, enxergo os pedagogos como os fiéis depositários da responsabilidade de transmitir e vivificar a chama do zelo pelo aprendizado do aluno, que, por lei, cabe a todos docentes. De fato, são verdadeiros guerreiros: encaram o 'front' desta guerra como soldados impulsionados pelo espírito freiriano de quebrar os grilhões da ignorância, inspirados nos ideais de solidariedade humana e inflamados pelos princípios de liberdade. A finalidade é clara na Lei de Diretrizes e Bases da Educação: alcançar o pleno desenvolvimento do educando, preparando-o para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Não quero criticar as correntes ideológicas que são utilizadas para lutar à favor do alcance do exercício da cidadania, mas faço críticas aos que  lutam apenas por lutar, esperando que cordeiros se tornem leões. Mas se assim estão, não é por culpa dos pedagogos, mas nossa, que os tratamos como soldados feridos que foram esquecidos, deixados para traz – abandonados à própria sorte.
 
Digo isso porque, tanto quando me graduei, como quando concluí meu mestrado, a pergunta que me faziam, e várias pessoas nesta situação escutam também, é: “E ai? Você vai para a academia (docência) ou vai para o mercado de trabalho?” E por que desta concepção? Temos em nossa mente o referencial de que é na prática que vem o sucesso profissional, e cada dia mais vemos palestras de empresários bem sucedidos que apontam sua receita de sucesso profissional desassociado do desempenho acadêmico. O consenso das receitas destes grandes nomes do business coloca o estudo como acessório, onde muitos abandonaram a faculdade para alcançar o sucesso: Bill Gates, fundador da Microsoft, e Mark Zuckeberg, fundador do Facebook, abandonaram Harvard; Steve Jobs, fundador da Apple, abandonou Reed College, em Portland. No Brasil, a coisa é banalizada: de Lula a Tiririca o ensinamento é: estudar pra quê?
 
Como resposta temos, atualmente, no Brasil o chamado apagão de mão de obra qualificada. Atualmente as empresas cobram cada vez mais dos funcionários visão crítica e capacidade de identificar e analisar problemas e de propor soluções, aumentando a competitividade das empresas, e que são características que aumentam também a competitividade do profissional que seja portador destas qualidades. Somente o ensino pode cravar isso nas pessoas. Na verdade, apenas a instituição que não dicotomizou a pesquisa e a extensão do ensino é capaz de tornar-se uma verdadeira 'usina em que se forja profissionais muito mais preparados'.
 
Convergindo à nossa realidade local, semana passada pude participar da Jornada Científica da Faculdade Araguaia, onde consegui ver a fagulha deste ideal acesa. Estudantes da graduação percebendo que escrever artigos científicos, participando de mesas de discussão de temáticas específicas da profissão que buscam graduar-se, tem um significado muito maior que colocar seus nomes nos cadernos e revistas científicas ou acumular horas complementares: é poder exercer a aplicabilidade de todo o conhecimento adquirido para o mercado de trabalho! Os alunos perceberam que fazer Pós Graduação e Extensões é garantir que participem como membros ativos do processo de inovação, seja radical ou incremental, dos modos de produção, processos e formas de organização. Se falamos muito do poder transformador da educação, que imputando o pensamento reflexivo é capaz de desenvolver o entendimento do meio em que vivemos para pensar e repensá-lo, por que não acreditar na capacidade de transformar as empresas? Acredito que mesmo abandonado a universidade, Gates e Zuckeberg se aconselham e empregam executivos, diretores e vice-presidentes PhDs em Harvard.

Adriano Paranaiba é economista, professor e coordenador de cursos de pós-graduação na Faculdade Araguaia.
http://www.paranaiba.ecn.br/ 
adr.paranaiba@gmail.com 

7 de junho de 2012

Assembléia Legislativa de Goiás aprova criação Instituto de Pesquisas Socioeconômicas


Foi aprovado ontem (06/06), o projeto de lei da Assembléia Legislativa do Estado de Goiás que cria o Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos – IMB.

O IMB terá como objetivos realizar pesquisas e estudos, elaborar projetos, acompanhar a evolução da economia goiana, fornecendo apoio técnico nas áreas econômica e social para a formulação das políticas estaduais de desenvolvimento. Com sede em Goiânia, o Instituto vai ainda disponibilizar as informações para toda a sociedade e contribuir para o planejamento no Estado.

Numa homenagem ao primeiro governador a implantar o planejamento no Estado, no período entre 1961 e 1964, o IMB  está vinculado a SEGPLAN (Secretaria de Gestão e Planejamento) e ao Sistema SIEG (Sistema Estadual de Estatística e de Informações Geográficas de Goiás), composto por órgãos e entidades da administração pública estadual direta e indireta, e gerenciado pela SEPIN - Superintendência de Estatísticas, Pesquisa e Informações Socioecônomicas. Serão criadas 20 vagas para pesquisadores, todos via concurso público.

Agora  você leitor me pergunta, O que isso irá melhorar no meu dia a dia e da minha cidade ?

Hoje os dados disponibilizados pelo Governo do Estado através da SEGPLAN / SEPIN não tem o objetivo de fazer análises, mas somente disponibilizar informações  que são utilizadas por gestores públicos, professores, pesquisadores, economistas e cientistas sociais para seus estudos e proposições de melhorias ao nosso Estado e suas respectivas regiões.

Com o IMB, o estado de Goiás terá finalmente um centro de excelência na produção de estudos, pesquisas, análises e estatísticas socieconômicas, demográficas e físico-territoriais.

Como professor, fico extremamente contente com a a possibilidade de poder contar com uma equipe que irá produzir conhecimento e que poderei repassar esse conhecimento aos novos cidadãos, e que possam ter consciência crítica e melhorar cada vez mais nossa sociedade.

Como empresário, fico mais contente ainda, pois com as informações produzidas pelo IMB poderemos direcionar melhor as estratégias de nossas  empresas, aproveitar com mais eficiências as oportunidades que o mercado proporciona e consequentemente obter resultados mais positivos.

Como cidadão, tenho a certeza que os gestores públicos de nosso estado e município poderão contar com informação de qualidade para propor melhorias a nossa cidade e Estado.  Mas não basta somente ter a informação disponibilizada. É nosso papel cobrar do poder público que os projetos e análises elaborados pelo IMB sejam convertidos em ações que irão beneficiar nossa sociedade.

Vou dar meus pulos para que isso aconteça ? 
E você ?

18 de maio de 2012

Entrevista do Faganelo no Sudoeste Jornal (Goiás)


Poder de compra da classe C reflete positivamente no comércio
Existem hoje no Brasil aproximadamente 102 milhões de cidadãos representantes da classe C, número equivalente a 54% da população brasileira. Em 2003, era de apenas 38%. Segundo o economista Maurício Faganelo, dentre os fatores que contribuíram para esse crescimento estão o aumento da renda média do trabalhador, a facilidade de acesso ao crédito e benefícios fiscais concedidos pelo governo federal, além da estabilização dos níveis de preços ao consumidor: “Havia, por exemplo, aquele indivíduo com grande vontade de comprar, mas que não tinha acesso ao produto. No entanto, a situação mudou em função das facilidades de pagamento e, também, de melhores preços”.
De acordo com Faganelo, a desigualdade social no Brasil vem diminuindo em consequência desse avanço social. Segundo afirma, após o advento do Plano Real a chamada Nova Classe Média foi a responsável pela sustentação do crescimento da economia brasileira. Para exemplificar esse avanço, ele aponta que 30% dos brasileiros entre 16 e 60 anos possuíam celular no ano de 2001. Recentemente, esse número subiu para mais de 85%. O economista também chama a atenção para produtos como as máquinas de lavar, presentes em metade das residências brasileiras, conforme aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Em 1992, apenas 23% das casas tinham o equipamento. A tendência é que haja também um crescimento da classe B, pois o indivíduo da classe C possui mais oportunidades de se desenvolver e, dessa maneira, passará a fazer parte da classe superior”.
Ele lembra que outro ponto a se considerar é que vários estudantes têm buscado cursos técnicos para conseguir melhores salários num futuro próximo. “Ao avaliar a escolaridade dos pais desses alunos, percebemos que poucos tiveram a oportunidade de cursar o ensino superior. Assim, os jovens estudantes buscam construir uma base econômica no atual momento, e a tendência é que isso continue crescendo”, avalia.

Consumo
Ao analisar custo, benefício e qualidade, Faganelo lembra que a classe C busca algo novo e tem mudado seu comportamento de compra. “Hoje, os consumidores desse perfil social preferem comprar um produto em que o dinheiro gasto seja válido. Por exemplo, a preferência pela compra do sabão em pó de melhor qualidade, que, apesar de ser mais caro de acordo com a marca, rende mais durante o consumo”, observa.
O economista avalia que, em cinco anos, a classe C será a principal consumidora no segmento de compras virtuais. O gerente de uma loja que preferiu não se identificar diz que a venda de computadores no estabelecimento em que trabalha passou de 2% para 20% nos últimos cinco anos: “O aparelho se tornou um artigo de necessidade, deixando de ser luxo. Por essas razões, em Rio Verde confirmamos o que acontece em todo o país, que é esse crescimento do poder de compra da classe C”.
Alessandro da Silva, gerente de loja de eletrodomésticos, afirma que tem percebido o aumento na procura por parte da classe C. “Não há dúvida, realmente houve um crescimento da venda de notebooks, por exemplo. Podemos dizer que ocorreu um acréscimo de 40% nas vendas, se formos comparar a cinco anos atrás. Hoje, as ofertas e as condições de pagamento são boas”, afirma Alessandro, frisando ser intensa a venda de TVs de LCD e máquinas de lavar para essa classe: “Na loja, em uma semana o estoque de 40 dessas máquinas acaba, o que era difícil de acontecer tempos atrás”.

Segue link para matéria na web:

Link para acessar o jornal impresso:

25 de abril de 2012

Video Fluxo Circular da Renda - Estudo pré prova

Caros alunos do IF Goiano de Tecnologia em Agronegócio, Agronomia e Zootecnia.

Esse é um video de aproximadamente 30 minutos que prometi a vocês para ajudar nos estudos referente ao Fluxo Circular da Renda, discutido em sala de aula anteriormente.

Esse material é antigo, mas tem todas as informações que falei em aula. Inclusive de maneira mais ampla. O Video foi feito há aproximadamente 1 ano e meio para os meus alunos lá de SP, mas poderá ser bem aproveitado por vocês.

Espero que ajude a todos nos estudos para a prova.

Abraços e dê seus pulos.

MF


Fluxo Circular da Renda - Prof. Faganelo from Mauricio Faganelo on Vimeo.
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14 de abril de 2012

A NOVA CLASSE MÉDIA – O INÍCIO, O FIM E O MEIO


Depois de quase 20 anos do advento do Plano Real, sem dúvida nenhuma, o que sustentou o crescimento da economia brasileira foi o que é popularmente chamado de Nova Classe Média brasileira.

Particularmente, venho estudando este tema há mais de 5 anos e tenho a convicção que este público não vai parar de crescer nos 5 próximos anos. E melhor, muitas famílias que fazem parte da classe C, irão subir para a classe B em breve. Mas isso é assunto para outro artigo.

Mas quem faz parte da classe C ?
No Brasil exitem algumas formas de classificar essa parte da nossa sociedade, e temos metodologias feitas pelo IBGE e pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) que avaliam as classes sociais de formas distintas. Para simplificar, podemos considerar esse extrato social pelas famílias que possuem renda familiar que vai de 3 a 10 salários mínimos mensais.

A Classe C, sem dúvida, foi a responsável pelas mudanças mais profundas que passamos nos últimos 15 anos. Para exemplificar melhor, os números falam por si:
Em 2003, quase 38% dos brasileiros eram da classe C. Em 2011 já ultrapassavam os 54% da população segundo estimativas do IBGE. Estamos falando de aproximadamente 102 milhões de brasileiros.

Em 2001, 30% dos brasileiros entre 16 e 60 anos possuiam celular. Hoje são mais de 85%.
Em 1992, 23% das residências brasileiras tinham máquina de lavar roupas. Hoje quase metade das residências possuem esse eletrodoméstico. E se falarmos de Geladeira, em 1992 eram 70% das famílias que possuiam o bem que alguns dizem como a invenção do século 20. Hoje, mais de 95% das casas do país contam com esse eletrodoméstico.

A estabilização dos níveis de preços ao consumidor, aumento da renda do trabalhador, combinado com acesso ao crédito e benefícios fiscais promovidos pelo governo (reduzindo impostos) foram alguns dos fatores que fizeram com que pudessemos ver esse mercado como o mais crescente e promissor no país.

Mas, como uma sociedade que evolui, esse público também evoluiu no seu desejo de comprar.
Crédito fácil e parcelamento em prazos mais longos passaram a ser fatores que o consumidor da classe C avaliasse como comum.

E esse público agora tem outras demandas. E quem vende para esse público deve estar mais atento às novas tendências para poder ter melhores resultados. Vamos falar de alguns deles:

- Custo-Benefício e Qualidade
 A classe C está mais exigente e busca mais qualidade nos produtos que consome. O hábito de avaliar as informaçoes na hora de comprar algo fazem cada vez mais parte dos hábitos desse público.

- Novos Produtos
Em 2002, a classe C adquiria em novos produtos o equivalente a 25% de suas compras. Hoje esse número já passou de 40% do total de produtos consumidos.

- Eduacação: A chave para o sucesso
É senso comum que a Educação é o passaporte para a melhorar de vida. E o ensino passou a ser cada vez mais uma prioridade para essa classe social. Só que o consumidor da classe C aprendeu que não basta mais ter somente o diploma. 70% da classe C acredita que o diploma só vale a pena se o ensino for de qualidade. O reflexo dessa idéia é que pouco mais de 22% das famílias da classe C possuem filhos matriculados na rede privada de ensino. Na classe D, eese índice não passa de 9%.

- Internet mudando o comportamento das famílias
A presença de crianças no ambiente virtual faz com que toda a família esteja engajada no conhecimento de novas tecnologias, principalmente utilizadas pela classe C em websites de redes sociais, pesquisas escolares, leitura de emails e notícias. Para quem aposta no segmento de lojas virtuais, a classe C será em 5 anos o principal mercado consumidor, ultrapassando as classes A e B.
Sempre pergunto aos meus alunos de ensino superior se possuem email e acesso a internet. 100% deles tem pelo menos 1 conta de email, e pelo menos 10% não tem conta bancária ou conta poupança. Ou seja, os jovens estão engajados no mundo virtual, mas não no mundo financeiro. Quer vender mais ? Esteja engajado no ambiente virtual !!!

- Moda e beleza não vão parar de crescer
Para a mulher da classe C, estar bem arrumada é uma forma de diminuir as barreiras étnicas e sociais que dificultam a inclusão social. Para se ter uma idéia de valores que fazem parte de nossa cultura, 7,5% dos brasileiros acreditam que a aparência é um dos fatores mais importantes para conseguir um emprego e 70% das mulheres acreditam que é importante estar em sintonia com a moda. Um reflexo desse comportamento é o crescente número de empresas de venda porta a porta de produtos de cosméticos, um mercado em constante crescimento no Brasil.

- Os gastos com lazer irão aumentar
92% dos jovens da classe C consideram o lazer importante em sua rotina e gastam por volta de 30% de sua renda nesse ítem. Com o aumento da renda proveniente de uma melhor qualificação profissional os gastos com a “balada” tendem a crescer cada vez mais.

- Investimento em imóveis como forma de guardar dinheiro
A classe C diminuiu o volume de suas reservas direcionadas para a aplicação financeira mais popular: a caderneta de poupança. Segundo relatório do Banco Central, houve uma redução de 2%. Esse dado só confirma o comportamento de consumo da classe C motivado em dar conforto para a família e ampliar o acesso a bens e serviços. Para se forçar a poupar, a Nova Classe Média tem comprometido seu orçamento mensal na aquisição de imóveis e hoje já é o público que mais consome casas de veraneio no Brasil.

Apesar das mazelas que ainda vemos em nossa sociedade, não podemos deixar de citar a evolução que vimos no pós Real. Quem já subiu de classe social não quer voltar a classe mais baixa. É esse o desafio que teremos nos anos que virão.

Muito foi feito até agora, mas muito mais precisa ser desenvolvido. Uma queda nas taxas de juros para níveis aceitáveis e o desenvolvimento de uma cultura que beneficia quem poupa é o grande passo que daremos para consolidar o bem estar dos brasileiros - pois o que pagamos aos bancos ainda é inaceitável e um atentado ao bolso do brasileiro.

É preciso educar financeiramente a população. E isso nunca pudemos fazer pois boa parte da população era pobre ou miserável. Agora com um pouco mais de renda esse passo é fundamental.

O que antes era utopia, já pode ser visto como uma possibilidade.
Não é momento de sonhar. Isso já passou. Agora é agir. Dê seus pulos.
MF

15 de março de 2012

Palestra do Faganelo - PAINEL ECONÔMICO em Rio Verde

Pessoal,

Conforme eu havia dito pessoalmente para algumas pessoas, segue o material publicitário referente a minha palestra - PAINEL ECONÔMICO - Cenário e Perspectivas da Economia Brasileira, Goiana e Rioverdense em 2012.

Para quem estiver por aqui será um prazer receber os amigos.
Garanto que vai ser a melhor palestra que preparei até hoje !!!!
Estou trabalhando nisso já há algum tempo e agora vai ser oficialmente nossa apresentação a comunidade de Rio Verde.
Tenho muito orgulho em poder realizar este projeto e espero que seja o início de vários outros trabalhos importantes que queremos realizar aqui em Goiás.


Vou dando meus pulos por aqui... 
E você ??

Abraços

MF

6 de março de 2012

Aos alunos da disciplina de Comercio Exterior do IF Goiano

Segue materiais para acompanhar em sala da aula:

Slides Economia - http://bit.ly/zKMeW4
Slides Teoria da Política Comercial Exterior - http://bit.ly/wwaVSq
Blocos Econômicos e Órgãos - http://bit.ly/xh5GqB
Política do Com. Exterior Brasileiro - http://bit.ly/yzwu6e
Material Completo sobre Painel Mundial do Comércio Exterior (material excelente e completo sobre o assunto com perguntas e respostas em cada capítulo - 68 páginas) - http://bit.ly/yO5cbt

Espero vocês em sala de aula.

abs. Faganelo

14 de novembro de 2011

Finanças Pessoais - Dicas para você guardar seu rico dinheirinho

Muita gente me pergunta como administrar as despesas pessoais. A educação financeira infelizmente não é algo que aprendemos na escola e muitas vezes aprendemos como administrar nosso dinheiro através dos nossos pais. Mas nem todos tem esse privilégio, pois muitos pais também não souberam também como fazer isso.
É comum as pessoas gastarem todo seu dinheiro logo que recebem seus salários. Gastam tudo o que recebem, sem pensar no resto do mês. Digo a vocês que essa reação é mais do que natural, pois para quem não tem renda suficiente, satisfazer suas necessidades imediatas é como se fosse um prêmio por todo o esforço que foi feito até receber o minguado dinheirinho.
Mas muitos fazem isso sem pensar no futuro. Pois, como o povo mesmo diz, o futuro é Deus quem sabe.....
Mas quero dar uma forcinha para ajudar você a organizar suas finanças pessoais e não passar o famoso “perrengue” no fim do mês:

1.)    Separe o dinheiro das contas mensais e “não conte com esse dinheiro”
Grande parte das pessoas, gastam o que ganham em uma semana (alguns em 2 ou 3 dias) e se “esquecem” das contas que vencem todo o mês. A melhor forma é separar esses gastos mensais e não contar com esse dinheiro para gastar. Assim você evita aborrecimentos futuros.

2.)    Ao fazer uma compra, faça as seguintes perguntas a você mesmo:
“Será que realmente eu preciso comprar isso ?”
“Fiz uma pesquisa de preços para saber se estou fazendo um bom negócio ?”
As compras por impulso representam mais de 30% das vendas realizadas no comércio, e muitas vezes compramos aquele produto que fica encalhado no guarda roupas, por exemplo. Todos sabemos o quanto é prazeiroso comprar algo que desejamos, mas garanto que você ficará mais satisfeito em comprar algo que deseja, quando tem certeza que fez um bom negócio. Afinal de contas, quem nunca se arrependeu de ter comprado algo por impulso e depois viu que fez besteira.

3.)    Estabeleça metas semanais de gastos  pessoais
Normalmente as pessoas recebem seu salário mensalmente ou quinzenalmente, e ficam sem dinheiro perto do dia do pagamento. Para resolver esse dilema, mude sua maneira de controlar seus gastos.
Ao invés de controlar seu dinheiro por mês, faça isso semanalmente. Aja como se você não tivesse o dinheiro que havia reservado para a semana seguinte. Estabeleça um limite semanal para todos os gastos, reservando a quantia para o supermercado, famácia, açougue, entre outros, e busque respeitar esse limite. Como ninguém é de ferro também reserve o dinheiro para lazer e diversão, como cinema, barzinhos, entre outros...
RESULTADO: Se você conseguir fazer isso, nunca passará aperto antes de receber seu salário. Acredite!

4.)    Controle de despesas é fundamental
Eu sei caro leitor, controlar as despesas é muito chato. Muito mesmo!!
Seria melhor só controlar o que recebemos, não é ?!!! Pois é, mas se não há um controle de gastos há uma grande probabilidade de você se afundar financeiramente. Muita gente não sabe como usar planilhas de cálculo e muitos, não tem paciência e nem conhecimento para fazer isso. Mas as soluções disponíveis hoje na internet são ótimas e é só você olhar com um pouco mais de cuidado quais se adequam ao seu perfil.
Vou dar dicas de alguns sites que fazem esse serviço para você, inclusive cruzando seus gastos do seu extrato bancário com seu orçamento pessoal ou familiar. Os sites são protegidos e suas informações vão ficar bem guardadas.
Existem alguns serviços na internet que oferecem gratuitamente o acesso a programas de controle financeiro.

Todos apresentam as funcionalidades básicas para os planos gratuitos, mas se você optar em contar com recursos mais avançados, é possível migrar de plano pagando uma assinatura de módulos mais sofisticados. O ideal é você mesmo testar e avaliar qual dos controles de finanças online irá atender a sua necessidade. Abaixo alguns serviços gratuitos:
www.bonusweb.com.br
www.minhaseconomias.com.br
www.gestor24horas.com.br
www.organizze.com.br

Se preferir fazer isso fora da web, existem uma grande variedade de tipos de planilhas. Procure na internet qual é melhor forma de controlar suas despesas.


5.) Quer saber mais ?
Existem muitos sites abordando o tema “Finanças Pessoais”, e vou sugerir alguns a vocês:

O site é organizado pelo consultor e professor de finanças da FGV, Gustavo Cerbasi.
Cerbasi escreveu alguns livros que estão na lista dos mais vendidos no Brasil há mais de 3 anos , como por exemplo: “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos” e “Como Organizar Sua Vida Financeira”. O site conta com dicas, simuladores de planejamento financeiro e uma planilha de orçamento financeiro em Excel para te ajudar.

É um site completo que conta com muitas dicas e ferramentas para administrar suas finanças pessoais. Patrocinado pela FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos) e pela empresa de cartões de crédito VISA, este website oferece um programa de finanças pessoais para ser instalado em seu computador chamado Finance Desktop com uma infinidade de ferramentas para você fazer um planejamento financeiro completo.

Se tiver mais dúvidas sobre como administrar melhor suas finanças pessoais, procure um economista ou um contador de sua confiança para lhe ajudar a escolher as melhores alternativas que possam atender suas necessidades.

Estou dando meus pulos por aqui... e você ?

Forte abraço.
Mauricio Faganelo

Twitter: @faganelo

28 de outubro de 2011

Microcrédito e Empreendedorismo


Caro leitor, se você pensa em montar ou expandir seu próprio negócio, isso se for microempresário, e tem o que as pessoas chamam de espírito empreendedor, esse artigo pode te ajudar.
Você vai me dizer que a grana tá curta e tomar empréstimo no Banco é algo inviável. Pois é, concordo com você caro leitor, mas em existe uma alternativa que pode fazer você mudar de idéia: o Microcrédito.

O que é Microcrédito ?
Essa iniciativa não é uma idéia nova. A primeira iniciativa foi criada em 1846 na Alemanha, quando um pastor protestante resolveu ceder farinha de trigo aos fazendeiros da sua região que estavam endividados para fabricar e vender pães e obter capital de giro. A “Associação do Pão” virou uma cooperativa de crédito para a população pobre.
O Microcrédito teve uma grande visibilidade em 2006, quando um professor de Economia de Bangladesh, M.Yunus , ganhou o prêmio Nobel da Paz por conta da iniciativa de ter criado o Grameen Bank que dava crédito a famílias de baixa renda. Como não existiam garantias, ele criou um sistema de grupos onde a inadimplência é responsabilidade de todos do grupo. Resultado: somente 1% dos créditos não são honrados.
No Brasil o Banco do Nordeste (BNB) ainda é o único que trabalha da mesma forma que o Grammen Bank de Bangladesh. Foram 945 mil empreendedores e aproximadamente R$ 1 bilhão destinados ao programa. E a inadimplência foi de 0.86% em agosto de 2011.

Enxurrada de dinheiro barato para o Microcrédito no Brasil
Em agosto, o Banco Central determinou que 2% de todos os depósitos a vista junto aos Bancos sejam destinados a este tipo de iniciativa. Isso representou aproximadamente R$ 3,15 bilhões (isso mesmo, bilhões) referente ao julho deste ano. Como o Banco Central vem reduzindo a taxa de juros, mais barato será o custo do dinheiro e melhor para quem pega dinheiro emprestado, pois as prestações serão mais baixas
O governo irá disponibilizar ainda em 2011 R$50 milhões, em 2012 serão R$210 milhões, e em 2013 R$ 483 milhões com taxas de juros bem atrativas.
Os Bancos, por sua vez, terão que reduzir a taxa de abertura de crédito, que antes chegava a 3%, para 1%, e as taxas de juros, que alcançavam até 60% ao ano, variam entre 6% a 8% ao ano.
Instituições que oferecem o Microcrédito
Vou detalhar abaixo algumas instituições que disponibilizam o Microcrédito. Maiores detalhes, devem ser esclarecidos junto as estas empresas:

Caixa Econômica Federal
Os empréstimos variam de R$ 300,00 a R$ 15 mil, com prazo de pagamento de 4 a 24 meses. Boa parte dos empréstimos concedidos são entre R$ 1 mil e R$ 2 mil e são destinados para financiar o capital de giro ou para investimentos como compra de geladeira, motocicletas, máquinas, entre outros. As taxas de juros são de 0,64% ao mês, o equivalente a 8% ao ano.

Banco do Brasil
O programa de Microcrédito do Banco do Brasil (BB) é destinado aos empreendedores com faturamento bruto anual de até R$ 120 mil, propondo orientação educativa e acompanhamento aos tomadores de crédito.
Os empreendedores individuais, com faturamento de até R$ 36 mil por ano, também compõem o público-alvo do programa. A linha de microcrédito do BB prevê o limite de até R$ 15 mil, com taxa de juros de 8% ao ano, equivalente a 0,64% ao mês, com prazo para pagamento de até 36 meses.

Goiás Fomento
Em Rio Verde, o programa de Microcrédito da Goiás Fomento pode ser obtido na ACIRV com as seguintes condições:
  • Crédito Produtivo Micro Empresa
    :: Prazo: até 24 meses
    :: Carência: até 3 meses
    :: Limite: até R$ 16.000,00
    :: Juros: 0,625% ao mês
    :: Juros com bônus de adimplência: 0,50% ao mês
  • Crédito Produtivo Empresa de Pequeno Porte
    :: Prazo: até 24 meses
    :: Carência: até 3 meses
    :: Limite: até R$ 16.000,00
    :: Juros: 0,75% ao mês
    :: Juros com bônus de adimplência: 0,60% ao mês
  • Crédito Produtivo Micro Empreendedor Individual
    :: Prazo: até 24 meses
    :: Carência: até 3 meses
    :: Limite: até R$ 8.000,00
    :: Juros: 0,625% ao mês
    :: Juros com bônus de adimplência: 0,50% ao mês
Itens financiáveis
Investimento Fixo e/ou Capital de Giro
Máquinas, equipamentos, móveis e utensílios destinados a atividade do negócio da empresa. Compra de mercadoria, matéria prima e insumos.

Itens não financiáveis
Veículos, aquisição de imóveis, bens e serviços que não se enquadram no objetivo social da empresa, recuperação de capitais já investidos, execução e sanamento financeiro.

Banco Santander
Os financiamentos variam de R$ 200 a R$ 15 mil e as parcelas de amortização vão de 4 a 24 meses. O tíquete médio do empréstimo está em torno de R$ 1.489, 00. A taxa de juro média do financiamento é de 2% ao mês.

Itaú Unibanco
Os empréstimos variam de R$ 400,00 a R$ 14,2 mil, o tíquete médio fica em R$ 2,8 mil, pagos no prazo de 10 a 12 meses. Para a oferta do crédito, o banco faz uma avaliação específica para a concessão do crédito e atende em grande parte os empreendedores informais.

O que é necessário para ter acesso ao Microcrédito ?
Obter um empréstimo bancário não é uma tarefa fácil para um pequeno empresário que não tenha garantias a oferecer. Especialistas avaliam que pelo menos 10 milhões de empreendedores não conseguem acesso aos recursos bancários no Brasil.
Na maioria dos Bancos e Agências de Fomento, a pessoa deve ter CPF, não pode ter o nome incluido no SERASA ou SPC, e em grande parte dos casos é incentivada a abrir formalmente seu próprio negócio como microempresário individual, passando a ter CNPJ.
A vantagem é que com a nova taxa de contribuição mensal de INSS reduzida para R$ 27,25, o novo empresário terá acesso a todos os benefícios da previdência social (que para quem não tem nada, já ajuda bastante).

Ter o dinheiro na mão não é sinônimo de sucesso !!!
Antes de fazer o financiamento, saiba que honrar o pagamento é fundamental para evitar dores de cabeça no futuro.  Ter acesso a crédito e orientação financeira pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso de um negócio.
As instituições financeiras são as maiores interessadas em ofertar o Microcrédito, mas estão muito preocupadas em oferecer dinheiro para quem paga as parcelas em dia. Algumas inclusive fiscalizam o pagamento e sugerem melhorias na gestão do empreendimento.

Para isso, preste atenção nas seguintes dicas para ser um bom empreendedor:

Iniciativa
Se antecipe aos fatos e crie novas oportunidades de negócios, desenvolver novos produtos e serviços e proponha soluções inovadoras.

Persistência
Enfrente os obstáculos decididamente, buscando o sucesso, mantendo ou mudando as estratégias, de acordo com as situações.

Corra Riscos Calculados
Se disponha a assumir desafios ou riscos moderados, e se comprometa responder pessoalmente por eles.

Exija Qualidade e Eficiência
Decida que fará sempre mais e melhor, buscando satisfazer ou superar as expectativas de prazos e padrões de qualidade.

Comprometimento
Fazer sacrifícios pessoais, dispender esforços extras para completar uma tarefa; colaborar com os subordinados e, até mesmo, assumir o lugar deles para terminar um trabalho;

Busca de Informações
Interessar-se, pessoalmente, por obter informações sobre clientes, fornecedores ou concorrentes; investigar, pessoalmente, como fabricar um produto ou prestar um serviço; consultar especialistas para obter assessoria técnica ou comercial, dentre outras.

Estabeleça Metas
Assumir metas e objetivos que representem desafios e tenham significado pessoal; definindo com clareza e objetividade – de forma específica e mensurável – as metas de curto prazo e longo prazo.

Planejamento e Controle
Planejar, dividindo tarefas de grande porte em subtarefas com prazos definidos; revisar constantemente seus planos, considerando resultados obtidos e mudanças circunstanciais; manter registros financeiros e utiliza-los para tomar decisões.

Persuasão e Rede de Contatos
Utilize de estratégias para influenciar ou convencer os outros; utilizar pessoas-chave como agentes para atingir seus objetivos, desenvolver e manter relações comerciais.

Independência e Autoconfiança
Buscar autonomia em relação a normas e procedimentos; manter seus pontos de vista, mesmo diante da oposição ou de resultados desanimadores; expressar confiança na sua própria capacidade de complementar tarefa difícil ou de enfrentar desafios.

Exemplos de sucesso do uso do Microcrédito
No bairro de Paraisópolis (periferia de São Paulo), uma ex empregada doméstica montou uma uma loja de roupas e utilidades domésticas. Com o microcrédito ela aumentou o número de produtos vendidos em seu estabelecimento e triplicou o faturamento. Em Recife, um mecânico resolveu iniciar um negócio de venda de autopeças. Elevou o faturamento de sua oficina de motos de R$ 3 mil para R$ 15 mil reais mensais.

Não tenha medo de pedir ajuda !!!
Bom, depois de todas essas informações, você pode achar muito complicado iniciar todo esse processo. Minha dica é a seguinte: Procure um profissional de sua confiança para orientar você quais maneiras que forma o crédito pode ser adequado ao seu negócio.
Administradores, Economistas e Contadores são os profissionais habilitados a dar a você todo o auxilio necessário para que seu empreendimento tenha sucesso.

Espero que estas informações tenham ajudado de você, e que esse roteiro auxilie, principalmente ao pequenos empresários e empreendedores. No Brasil, são mais de 23 milhões de empresários e 66% não tem acesso a crédito.

Vou dando meus pulos por aqui !!! E você ???

26 de outubro de 2011

Como arrumar um marido rico ?

Queridos e Queridas

Acabei de ver isso postado no Facebook e resolvi deixar publicado aqui no Blog.
Espero que gostem !!!
Vou dando meus pulos aqui, e vocês ?!!!
  
Saiu no Financial Times (maior jornal sobre economia do mundo).

Uma moça escreveu um email para o jornal pedindo dicas sobre "como arrumar um marido rico".
Contudo, mais inacreditável que o "pedido" da moça, foi a disposição de um rapaz que, muito inspirado, respondeu à mensagem, de forma muito bem fundamentada. Simplesmente brilhante!

... E-mail da MOÇA:

"Sou uma garota linda (maravilhosamente linda) de 25 anos. Sou bem articulada e tenho classe. Estou querendo me casar com alguém que ganhe no mínimo meio milhão de dólares por ano. Tem algum homem que ganhe 500 mil ou mais neste jornal, ou alguma mulher casada com alguém que ganhe isso e que possa me dar algumas dicas?
Já namorei homens que ganham por volta de 200 a 250 mil, mas não consigo passar disso. E 250 mil por ano não vão me fazer morar em Central Park West.
Conheço uma mulher (da minha aula de ioga) que casou com um banqueiro e vive em Tribeca! E ela não é tão bonita quanto eu, nem é inteligente.
Então, o que ela fez que eu não fiz? Qual a estratégia correta? Como eu chego ao nível dela? (Raphaella S.)"

Resposta do editor do jornal:

"Li sua consulta com grande interesse, pensei cuidadosamente no seu caso e fiz uma análise da situação.
Primeiramente, eu ganho mais de 500 mil por ano. Portanto, não estou tomando o seu tempo à toa...
Isto posto, considero os fatos da seguinte forma: Visto da perspectiva de um homem como eu (que tenho os requisitos que você procura), o que você oferece é simplesmente um péssimo negócio.
Eis o porquê: deixando as firulas de lado, o que você sugere é uma negociação simples, proposta clara, sem entrelinhas : Você entra com sua beleza física e eu entro com o dinheiro.

Mas tem um problema.
Com toda certeza, com o tempo a sua beleza vai diminuir e um dia acabar, ao contrário do meu dinheiro que, com o tempo, continuará aumentando.
Assim, em termos econômicos, você é um ativo sofrendo depreciação e eu sou um ativo rendendo dividendos. E você não somente sofre depreciação, mas sofre uma depreciação progressiva, ou seja, sempre aumenta!
Explicando, você tem 25 anos hoje e deve continuar linda pelos próximos 5 ou 10 anos, mas sempre um pouco menos a cada ano. E no futuro, quando você se comparar com uma foto de hoje, verá que virou um caco.
Isto é, hoje você está em 'alta', na época ideal de ser vendida, mas não de ser comprada.

Usando o linguajar de Wall Street , quem a tiver hoje deve mantê-la como 'trading position' (posição para comercializar) e não como 'buy and hold' (compre e retenha), que é para o quê você se oferece...
Portanto, ainda em termos comerciais, casar (que é um 'buy and hold') com você não é um bom negócio a médio/longo prazo! Mas alugá-la, sim! Assim, em termos sociais, um negócio razoável a se cogitar é namorar.
Cogitar... Mas, já cogitando, e para certificar-me do quão 'articulada, com classe e maravilhosamente linda' seja você, eu, na condição de provável futuro locatário dessa 'máquina', quero tão somente o que é de praxe: fazer um 'test drive' antes de fechar o negócio... podemos marcar?"

(Philip Stephens, associate editor of the Financial Times - USA)